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"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida"
( Vinícius de Morais)

18 dezembro 2011

Um bom ano*

Ultimamente, tenho ficado tão feliz por nada. Aliás, acordar vivo já é um grande feito- nada de menosprezar. O cenário é de notícias assustadoras, mortes banais, pessoas violentas, frias e diante disso, percebo que pequenos gestos de gentileza e carinho me fazem derreter em lágrimas. Ando meio sentimental...é. Será o fim de mais um ano? Acho que é a emoção de poder começar outro. E, ainda por cima, feliz.



Uma boa dica de filme*
(Sim, é de 2006, mas é um bom filme)

28 novembro 2011

A vida e sua redundância

Quando se vive muito e intensamente, não se resta muita coisa a contar.Tudo é vivido com perfeição, prazer e esperança de que os dias continuem sempre cheios. Vazio deve ser aquele que não entende a vida, que não aceita a realidade, e ou, deseja a dos outros.E o mar visto daqui de dentro dessa saleta mostra quanta vida se pode ter. Mas é preciso enxergar...


 

20 novembro 2011

O suicida



Tem momentos na vida que somos meio suicidas por carência de atenção.É um ponto considerável?


 Tira do Galvão

09 novembro 2011

SOLIDÃO CONTENTE : O que as mulheres fazem quando estão com elas mesmas


Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre “solidão feminina” com alguma incompreensão. 

Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas – e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas. 

Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente – e mora sozinha. Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas. “Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa”, disse a prima. “Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas”. 

Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor.Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali.. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou. Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre. 

A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem. 

A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói. 

Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome? 

A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior – com apoio da publicidade.
Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando – senão a economia não anda.
Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.
Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.
Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.  
Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa – desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos.
Repasse para suas amigas, especialmente para as que não sabem fazer  sua "solidão contente!" e para seus amigos entenderem e valorizarem a riqueza interior de certas mulheres comparada aos homens.


 IVAN MARTINS (editor-executivo de ÉPOCA).
Da querida, Marineide


06 novembro 2011

Pra começo de conversa



As coisas simples assustam. A vida como ela é, só é complicada quando não se consegue perceber toda sua riqueza em sua simplicidade...





02 novembro 2011

Hoje e sempe

Que a água acalme a saudade e que as lembranças alimentem a alma. Eternamente.

Ao meu pai, com carinho.

23 outubro 2011

Leve na bagagem

O inteligente é mesmo testar o casamento, a vida de casado, 
antes do ato consumado. Fácil como testar um novo templaste para o seu perfil em uma rede social. E quando vier a certeza de que os defeitos do outro ocupa um lugar mínimo na bagagem do dia a dia e nos sonhos- saberá que vale a pena.Cada um pode mudar sua sorte, seu destino. O amor de sua vida pode estar naquela festa que você está quase decidida a não ir. Mas esse amor viverá e vai escrever  o seu próprio destino-  Ela foi àquela festa.




15 outubro 2011

Ou para ou pira

Por que será que  quando as pessoas querem dar um tempo pra reavaliar a vida ou colocar as ideias no lugar,  geralmente elas "dam um tempo" nas suas páginas ou redes? Mas depois de notar isso em alguns blogs passei a tentar entender esse processo, e percebi que já me perdi nesse sumiço. Chega uma hora, em que ter  e-mails  orkut, msn, blogs, redes, pages, twitter, face...cansa. É estar refém de formulários, senhas e perfis- ter que estar em tanta parte e não conseguir ser por inteira em parte alguma. O risco de virar  um simples banco de dados altamente vulnerável tem que ser considerado. Aí você para e pensa:  quero mesmo ver o sol nascer, mas não em um vídeo na minha page no youtube, entendeu?


Tira do Galvão pra pirar:

08 outubro 2011

18 setembro 2011

04 setembro 2011

Black Stayle canta Chico Buarque?!

Eis aqui um texto que sonharia ter escrito:



Aninha Franco
Entre Chico e Robsão

Robsão do Black Style festejou 29 anos há quatro meses. Tem, no currículo, Vaza canhão, Tabaco, Empurrando, Rala a tcheca no chão e Perereka. Chico Buarque, aos 27 anos, em 1971, entregou ao País Construção, mas já existia em seu currículo Januária, Carolina, A Banda e A Rita. Os dois cantam as mulheres. Em A Rita, Chico lamenta a perda da companheira e de um disco de Noel( Rosa) e, em A Rosa, deplora o dono a um Neruda não lido. A voz que ele doou às mulheres é outro papo. As fêmeas de Robsão são expulsas da área pelo imperativo do verbo vazar, com o epíteto de canhão! Ralam a pobre tcheca no asfalto, evocada em Tabaco e Empurrando.

O projeto da deputada Luiza Maia ( PT) demonstra que a Assembleia Legislativa existe e está preocupada com a violência ( também) musical contra as mulheres. Mas por que, a pergunta aparece, Robsão e outros jovens aqui, ali e acolá, já que o cancioneiro femicida está no funk carioca, criam esses mantras para milhares de consumidores, inclusive mulheres? Proibir a contratação pública desses repertórios é o início. Mas haverá shows em que o Black Style, contratado com verba pública pra cantar Chico Buarque, ouvirá pedido das plateias de Vaza canhão e Tabaco. É ir ao Monte Serrat domingo desses e conferir.

Talvez Robsão crie músicas para agredir mulheres porque a educação não lhe deu outras opiniões. E porque a sociedade que lhe ouve não quer ouvir mais que isso. Chico Buarque criou Construção para ouvintes preparados em escolas públicas da excelência do Góes Calmon, do Central, do Severino Vieira, da Escola Parque. A ditadura estragou essa excelência, mas a ditadura acabou em 1985, há 26 anos, e a democracia ainda não demonstrou maioridade.

Em camaçari, município de onde vem a deputada Luiza, há duas secretarias de Cultura. A de Eventos, que promove festas( Carnaval e São João), e a de Cultura, que gere e administra a Cidade do Saber, a casa mais contemporânea do Estado. Recebe mais verba a secretaria de Eventos. Para mudar o trato com as mulheres dos Robsões que estão nascendo, é preciso que esse fomento sofra invasão. Ou o Brasil continuará nádegas de nádegas!

* Fonte: Revista Muito do grupo Atarde.





( E apesar desse favor, a deputada Luiza Maia  está sendo ameaçada de morte)

31 agosto 2011

Amante à moda antiga


 Ele fez pra mim. Ele fez pra mim? Por que não acreditar? Melhor acreditar, ele fez pra mim.


És a pedra no meu caminho.
O espinho da minha flor.
O amargo do meu remédio.
A tristeza e a minha dor.

És o amor da minha vida
A luz da minha escuridão
A dama dos romances
O louvor e redenção.

És tristeza e alegria
A incógnita de um coração
És um pouco da poesia de uma dor sem razão.
 
                                                                     ( Do amado, Éder)




22 agosto 2011

É só

Acordaram mas da cama não saíram. Preferiram sentir uma ao outro. Pensaram se a felicidade era tão simples daquele jeito...


who's Claycianne?

Você acorda decidida a falar sobre um determinado assunto, daqueles nostálgicos, simples até receber Cleyciane, a diva do senhor no mundo da internet- e se sente meio perdida e inútil também. Tem mensagens que tem esse poder de desestruturar todo um planejamento, de tirar uma certa paz e paciência. Vigiai...minha voz tentar enganar essa minha "cabeça oca". Como já disse, tudo que queria escrever hoje se tornou nada em frente a tanta revelação. Sei também que você poderia estar fazendo doações,  algum trabalho comunitário, ou até mesmo ligando para o Criança Esperança, mas antes( se a irmã Clay já é um assunto batido pra você, leia outro post) vale a pena encarar isso- homem, mulher? São tantas opções, não é mesmo?
A verdade está no  que se faz hoje em dia para chamar  atenção a um determinado assunto. Um texto formal  lembrando que a religião segrega os homens, mas a fé não, certamente não causaria tanto efeito...Indiscutivelmente, ele, ou ela, conseguiu.

Afinal, como proteger sua vagina da umidificação satânica? Clique a foto...mas sem tocar com os dedos!!!!





20 agosto 2011

Quem aconselha é?

Às vezes me impressiono com as coisas que falo. Não porque falo  coisas sem sentido na maior parte do tempo, mas parece ser a falta de pretensão que me inspira.
 "...mas os homens se envolvem por momentos, as mulheres que levam para casa e para a cama os sonhos e fantasias."
 Desabafo um pouco machista para o século, mas temos que admitir que mulheres sofrem muito mais por amor ou se atrapalham mais quando se enlaçam numa aventura. Isso me lembra outro comentário:
 " ...as mulheres, no final, querem transformar o amante em namorados, maridos." 
 Por quê? Aquela verdade batida- a mulher é pura emoção, carinho, envolvimento. Só isso.
Mas nessa de servir de boa conselheira ou uma charlatã cartomante, sempre analiso essas incertezas e pedras da vida.Também não se pode demorar a entender como é fácil retirá-las do caminho com um simples chute, ou apenas desviar- se do incômodo.
 Quanto tempo penei pra aprender isso? Para minha paciência muito, mas determinante para eternas lições. E todo esse post começou   num simples conselho de amiga... Como se é ingrato nessa vida com ela mesma.




06 agosto 2011

Verdades ditas

Sem net por esses dias resgatei As cem melhores crônicas brasileiras, e não pude me deixar perder disso(" Vá te danar mundo"!)



(clique e confira )

" ...o  inquieto coração que ama e se assusta e se acha responsável pelo céu e pela terra, o insolente coração não deixa...o miserável coração nasceu cativo e só no cativeiro pode viver. O que ele deseja é mesmo servidão e  intranquilidade: quer reverenciar, quer ajudar, quer vigiar, quer se romper todo...Te dana, coração, te dana!"

24 julho 2011

Só pra lembrar que "são tantas coisas..."

Nunca tive tantas gargalhadas pra contar...Tantos casos e desabafos. Massssss...sem net ainda. E sem tempo para deixar de viver...Realmente, o tempo não para. Um consolo.
Beijo a todos e até!( sem mais demora)

10 julho 2011

"Tudo pode ser"?!!! Part 2

A minha última postagem -" tudo pode ser?", bem que podia entitular esse mais novo post ( até o fim do post resolvo, ok). Facilitando para vocês, caros leitores, relatei sobre minha situação out conexão e a suposta oxidação dos fios da internet. A sorte foi que por conta própria chamei um técnico que me assegurou não parecer ser o real motivo do pisca pisca do meu moden. Mas ontem, a paciência me disse rindo: Vou, mas não volto! Sexta- feira, às 20:30, decidi ligar e cancelar a Oi Velox ( paguei antecipado o mês de julho, e continuei sendo esperta).Peguei o telefone e me surpreendi com a rapidez do atendimento.Mas aquele última frase me causou uma certa estranheza- "A senhora tem até 5 dias para estar confirmando este cancelamento". Ri segura da minha decisão, já que nada melhor pra curar orgulho ferido do que a concorrência-Iria trocar de servidor. Bati o telefone e...o moden volta a funcionar normalmente!?$% O sinal volta sem interrupções- o moden nem piscava ?!#$%¨#
Tudo bem. Usei de pirraça a net aquela noite, mesmo sabendo que iria ter de pagar pelo acesso ( só não sei como). Sábado, às 8:05 da manhã, acordo assustada com o telefone, e quem era? Isso mesmo- a velox- queria saber qual a minha opinião mediante o serviço prestado. Não me lembro ao certo o que falei, mas com certeza não fui muito cordial com o rapaz. Só pedi que me ligasse na segunda-feira. afff. Acabou? Nãooo. Domingo, às 9:00, ligam, mas dessa vez e por minha sorte não estava em casa e minha maizinha foi a felizarda. ela só me deu o recado que tinham uma promoção especial para mim...hummm
Como escrevo este post da casa do meu bem amado, ainda não sei o que me espera. Ou melhor, se posso esperar alguma coisa desse serviço. Posso?

03 julho 2011

"Tudo pode ser?"

Como a vida nos ensina. Estou ausente aqui, e me perguntem por quê. Simplesmente a fiação da minha internet parece estar oxidada. Nossa!? Coisas que só acontecem comigo, verdade. E isso me fez lembrar do meu São João, da importância de ter pessoas especiais para se dividir os momentos. E que nessa minha viagem teve de tudo, de tudo mesmo, que chega a ser complicado contar, mas a toda hora alegram o meu dia- é só relembrar. E isso sabe fazer muito bem, o meu cúmplice, amigo, amado. rsrs... Tirei uma lição, logo na viagem: não viajar com sono! O motorista dormiu no volante, e eu acordei assustada- " Bateu? Bateu? Onde? Na frente ou atrás?!"- eu sou terrível, ainda mais acordando, e  ainda mais assustada. As dez horas de viagem, que deveria gastar três, foi um suplício! Mas a recompensa foi grande...E é isso que a vida tenta nos ensinar a todo instante: fios podem oxidar, mas a conexão não para!
Beijos a todos!

25 junho 2011

A noite do João

O São João tem que ter fumaça mesmo. Algodão- doce, amendoim e licor de café....aí ó?!E cada dia uma fogueira- na casa do Zé, outro dia na casa de Cotinha, e assim vai... Triângulo e sanfona nos ouvidos( poderia ter escrito zovido). O chec- chec da sola ao ritmo pé de serra e som de rodeio. Na quadrilha: " vai cabrunco!" Passa estopô"!! Cuida que já é note!!!! Olha a chuuuuva!!!! "E olha pro céu , meu amor e veja como ele está lindo" e tchê tchê tcheeeeeeê....

20 junho 2011

Agradecimento aos cem

-Amor! Tô com 100 seguidores...poxa!
-Sem nenhum, mô? Ninguém quer saber de você?
- Estou com cem SE GUI DO RES!!! Cem! Cem!
-  Como?!#$%
- rsrs...

Parece que o tempo não passa. Mas é só lembrar daquele ano em que me sentia meio perdida nesse mundo, pra ter certeza que o tic-tac não para. E que desde então, esse meu Ponto de Prtida, que de início, confesso-também precisava se encontrar- tomou forma, maturidade e personalidade. Assim como minha vida. E durante essa estrada, passeava por outros blogs, de sentimentos, histórias, dúvidas e descobertas, que me ajudaram a encontrar o ponto de equilíbrio, a minha partida. Como é bom saber que as pessoas ainda conseguem ser sinceras, românticas e sensíveis. Como é bom receber comentários atenciosos, imaginando rostos através da escrita, de suas sutilidades e  ironias. No fundo, passamos a conseguir traçar perfis,  a conhecer, ao menos uma qualidade de nossos seguidores e seguidos. Aprendemos uns com os outros. É a nossa salvação.
Agradeço. Como agredaço...

Bjs a todos!

14 junho 2011

O divisor de águas










Nadar contra a maré, ser do contra, antiquada, idealista, sonhadora e romântica- Não é pra todo mundo

12 junho 2011

Um dia...


Descobre-se que não era amor, e depois vive-se um grande amor. Aí aprende-se o que é amar...

 





Feliz dia do amor!

Sim. Ganhei um anel de compromisso...Pode ir jogar bola, meu amor ( rsrs...)

11 junho 2011

Feliz dia...feliz sempre




Que o Dia  dos Namorados nos faça valer sempre da delicadeza e do amor, seja na troca de olhares, no tratamento com o próximo. Enfim, com a vida. Que não tenhamos dia, um dia, para demosntrarmos o quanto precisamos do outro para ser feliz.



Tinha que ouvir a canção

06 junho 2011

O noticiário era um sonho

Hoje, no dia em que poderia acordar mais tarde- afinal era a minha grande folga- acordei cedo assustada. Não foi um pesadelo daqueles que a gente acorda dele e fica aliviada. Logo pensei,  até nossos sonhos acompanham a modernidade dos tempos. Todos assistiam no meio da rua um noticiário que alertava uma onda de crimes. A polícia atônita tenta desvendar e reconhecer  os três rapazes jovens e de boa aparência que  faziam do prazer de matar o único motivo de tanta violência. Enquanto distraídos assistíamos as cenas bárbaras de seus ataques, fomos surpreendidos por tiros, empurrões e muito desespero. Alguns se salvaram. Tentava ajudar em encontrar um esconderijo, mas ninguém conseguia amenizar aquele caos . Todos entraram em suas casas na ilusão de estarem protegidos. Os três rapazes depois de toda a crueldade se instalaram no alto da montanha, onde eles continuaram a ameaçar a  comunidade- pessoas que conhecia,  que fizeram parte da minha vida e que moram distante, e outros rostos não estranhos.
Não tivemos trégua. Depois de assassinar pessoas muito amigas da comunidade, desceram a montanha  munidos com pequenos botijões de gás  e pareciam estar num filme de guerra. Se aproximaram da casa onde estava. Saí correndo, eu e outro rosto conhecido, e fomos avisar a uma mulher, outra moradora da casa que estava no banho  ainda aos prantos pelas vidas perdidas. Fiquei   paralisada. Parecia que despertava daquele sonho. Não conseguia achar uma saída...não corri. Apenas os meus olhos fitavam aquela imagem de três rapazes lançando botijões nas casas. Não adiantava mais nada, nem gritar. Não vi o fogo. Mas a minha mente ao acordar não me poupou de imaginá-lo.
No dia da minha folga, acordei...

03 junho 2011

Na dúvida...

Melhor do que fazer a criança aprender com "cartilhas", e a ter tolerância com a leitura de "kits"; é nos dar a chance da reflexão.
Confira- Divas no divã

31 maio 2011

A paisagem

Sentir a vida é desesperador.Encarando-a de frente sem medo algum e na ânsia do novo, das conquistas. Loucura demais viver e ter de a todo instante contar a própria vida. Mensurar, refletir, crescer e ir adiante. Se pôr no alvo da mais íntima discussão na busca, talvez, daquela felicidade-sempre à porta, a bater e a desafiar a credulidade dos sonhos. A felicidade definitivamente não deve ser um ponto final em uma trilha. É num saber olhar que somos surpreendidos- basta saber admirar a paisagem.

11 maio 2011

Pensando bem, é inútil

Achado no livro : AS CEM MELHORES CRÔNICAS BRASILEIRAS - Seleção: Joaquim Fereira dos Santos - Ed. OBJETIVA.


Um mendigo original.

João do Rio

Morreu trasanteontem, às 7 da tarde, de uma congestão, o meu particular amigo, o mendigo Justino Antônio .Era um homem considerável, sutil e sórdido, com uma rija organização cerebral que se estabelecia neste princípio perfeito: a sociedade tem de dar-me tudo quanto goza sem abundância, mas também sem meu trabalho _ princípio que não era socialista mas era cumprido à risca pela prática rigorosa.A primeira vez que vi Justino Antônio num alfarrabista da rua São José foi em dia de sábado. Tinha um fraque verde, as botas rotas, o cabelo empastado e uma barba de profeta, suja e cheia de lêndeas. Entrou, estendeu a mão ao alfarrabista._ Hoje, não tem._ Devo notar que há já dois sábados nada me dás._ Não seja importuno. Já disse._ Bem, não te zangues. Notei apenas porque a recusa não foi para sempre. Este cidadão, entretanto, vai ceder-me quinhentos réis._ Eu!_ Está claro. Fica com esta despesinha a mais: quinhentos réis aos sábados. É melhor dar a um pobre do que tomar um chope. Peço, porém,para notares que não sou um mordedor, sou mendigo, esmolo, esmolo há vinte anos. Tens diante de ti um mendigo autêntico ._ E por que não trabalha?_ Porque é inútil.
Dei sorrindo a cédula. Justino não agradeceu, e quando o vimos pelas costas,o alfarrabista indignado prorrompeu contra o malandrim que com tamanho descaso arrancava o níqueis à algibeira alheia. Achei original Justino Como mendigo era uma curiosa figura perdida em plena cidade , capaz de permitir um pouco de fantasia filosófica em torno de sua diogênica dignidade. Mas o mendigo desaparecera , e só um mês depois, ao sair de casa, encontrei-o à porta.Deves-me dois mil-réis de quatro sábados, e venho ver se me arranjas umas botas usadas. Estas estão em petição de miséria.Fi-lo entrar, esperar à porta da saleta, forneci-lhe botas e dinheiro._ E se me desses o almoço?Mandei arranjar um prato farto e, com a gula de descreve-lo fui generoso._ Vem para a mesa._ A mesa e o talher são inutilidades. Não peço senão o que necessito no momento. Pode-se comer perfeitamente sem mesa e sem talher.Sentou-se num degrau da escada e comeu gravemente o pratarraz. Depois pediu água , limpou as mãos nas calças e desceu.Espera aí, homem. Que diabo! Nem dizes obrigado.É inútil dizer obrigado. Só deste o que faltas não te faria. E deste por vontade. Talvez fosse até por interesse. Deste-me as botas velhas como quem compra um livro novo. Conheço-te.
Conheces-me?Não te enchas vaidoso. Eu conheço toda a gente. Até para o mês._ Queres um copo de vinho?_ Não. Costumo embriagar-me às quintas; hoje é segunda.Confesso que o mendigo não me deixou uma impressão agradável. Mas era quanto possível novo, inédito, com a sua grosseria e as suas atitudes de Sócrates de ensinamentos. E diariamente lembrava a sua figura, a sua barba cheia de lêndeas... Uma vez vi-o na galeria da Câmara, na primeira fila, assistindo aos debates,e na mesma noite, entrando num teatro do Rocio, o empresário desolado disse-me:_ Ah! Não imaginas a vazante! É tal que mandei entrar o Justino._ Que Justino?_ Não conheces? Um mendigo, um tipo muito interessante, que gosta de teatro. Chega à bilheteria e diz: “Hoje não arranjei dinheiro. Posso entrar?” A primeira vez que me vieram contar a pilhéria achei tanta graça que consenti. Agora, quando arranja dez tostões compra a senha sem dizer palavra e entra. Um que mal faz?Fui ver o curioso homem. Estava em pé, na geral. Prestando uma sinistra atenção às facécias de certo cômico._ Justino, por que não te sentas?_ É inútil, vejo bem de pé._ Mas o empresário..._ Contento-me com a generosidade do empresário._Mas na Câmara estavas sentado._ Lá é a comunhão que paga.
Insisti no interrogatório, a falar das peça, dos atores, dos prazeres da vida, do socialismo, de uma porção de coisas fúteis, a ver se o mendigo falava.Justino conservou-se mudo. No intervalo convidei-o a tomar uma soda, por não ser quinta-feira._ Soda é inútil. Estás aborrecer-me. Vai embora.Outra qualquer pessoa ficaria indignadíssima. Eu curvei resignadamente a cabeça e abalei vexado.A voz daquele homem, branca fria, igual, no mesmo tom, era inexorável._ É um tipo o teu expectador – disse ao empresário._ Ah! Ninguém lhe arranca palavra. Sabes que nunca me disse obrigado?Eu andava precisamente neste tempo a interrogar mendigos para um inquérito à vida da miséria urbana e alguns dos artigos já haviam aparecido. Dias depois, estando a comprar charutos, entra pela tabacaria adentro o homem estranho._ Queres um charuto?_ Inútil, só fumo às terças e aos domingos. Os charuteiros fornecem-me. Entrei para receber os meus dois mil-réis atrasados e para dizer que não te metas a escrever ao meu respeito._ Por quê?_ Porque abomino a minha pessoa em letra de forma, apesar de nunca a ter visto assim. Se fizeres a feia ação, serei forçado a brigar contigo, sempre que te encontrar._ A perspectiva de rolar na via pública com um mendigo não me sorria. Justino faria tudo quanto dissera. Depois era um fenômeno de hipnose. Estava inteiramente dominado, escravizado àquela figura esfingética da lama urbana, não tinha forças para resistir à sua calma e fria vontade. Oh! Ouvir este homem! Saber-lhe a vida!Como certa vez entretanto, à 1 hora da manhã, atravessasse o equívoco e silenciosos jardim do Rocio, vi uma altercação num banco. Era o tempo em que a polícia resolvera não deixar os vagabundos dormirem nos bancos. Na noite de luar , dois guardas civis batiam-se contra um vulto esquálido de grandes barbas. Acerquei-me era ele.
Vamos seu vagabundo._ É inútil. Não vou_ Vai à força!_ É inútil, Sabem o que é esse banco para mim? A minha cama de verão há doze anos ! De uma hora em diante,por direito de hábito, respeitam-na todos. Tenho visto passar muito guarda, muito suplente, muito delegado. Eles vão-se, eu fico. Nem tu, nem o suplente, nem o comissário, nem o delegado, nem o chefe serão capazes de me tirar esse direito. Moro neste banco há uma dúzia de anos. Boa noite. Os civis iam fazer uma violência. Tive de intervir, convencê-los, mostrar autoridade, enquanto Justino, recostado e impassível, dizia:_ Deixa. Eles levam-me ,eu volto.Afinal os guardas acederam, e Justino deitou-se completamente._ Foi inútil. Não precisava. Mas eu sou teu amigo?_ Meu amigo?_ Certo. Nunca te pedi nada que te pudesse fazer falta e nunca te menti. Fica certo. Sou o teu melhor amigo, sou o melhor amigo de toda a gente._ E não gostas de ninguém._ Não é preciso gostar para ser amigo. Amigo é o que não sacrifica.E desde então comecei a sacrificar-me voluntariamente por ele, a correr a polícia quando o sabia preso, a procura-lo quando o não via e desesperado porque não aceitava mais de dois mil-réis de minha bolsa, e dizia, inexorável, a cada prova da minha simpatia:_ É inútil, inteiramente inútil!
Durante três anos dei-me com ele sem saber quantos anos tinha ou onde nascera. Nem isso. Apenas ao cabo de seis meses consegui saber que fumava aos domingo se às terças, embebedava-se ás quintas, ia ao teatro às sextas e às segundas, e todo dia à Câmara. Nas noites de chuva dormia no chão! Numa hospedaria; em noites secas no seu banco. Nunca tomava banho, pedia pouco, e ao menos alarde de generosidade, limitava o alarde com o seu desolador: é inútil. Teria tido vida melhor? Fora rico, sábio? Amara? Odiara?Sofrera?Ninguém sabia. Um dia disse-lhe:_ A tua vida é exemplar. És o Buda contemporâneo da Avenida.Ele respondeu:_ É um erro servir de exemplo. Vivo assim porque entendo viver assim. Condensei apenas os baixos instintos da cobiça, exploração, depravação, egoísmo em que se debatem os homens se na consciência de uma vontade que se restringe e por isso é forte. Numa sociedade em que os parasitas tripudiam _ é inútil trabalhar. O trabalho é de resto inútil. Resolvi conduzir-me sem idéias, sem interesse, no meio do desencadear de interesses confessados e inconfessáveis. Sou uma espécie de imposto mínimo, e por isso nem sou malandro, nem mendigo, nem um homem como qualquer _ porque não quero mais do que isso._ E não amas? _ Nem a mim mesmo porque é inútil. Desses interesses encadeados resolvi, em lugar de explorar a caridade ou outro gênero de comércio, tirar a percentagem mínima, e daí o ter vivido sem esfôrço com todos os prazeres da sociedade, sem invejas e sem excessos, despercebido como o invisível . Que fazes tu? Escreves? Tempo perdido com pretensões a tempo ganho.Que gozas tu? Teatros, jantares, festas em excesso nos melhores lugares. Eu gozo também quando tenho vontade, no dia de porcentagem no lugar que quero _ o menor, o insignificante _ os teatros e tudo quanto a cidade pode dar de interessante aos olhos. Apenas sem ser apontado e sem ter ódios. ­
_ Que inteligência a tua!_ A verdadeira inteligência é a que se limita para evitar dissabores. Tu podes ter contrariedades. Eu nunca as tive. Nem as terei. Com o meu sistema dispenso-me de sentir e de fingir, não preciso de ti nem de ninguém, retirando dos defeitos e das organizações más dos homens o subsídio da minha calma vida.É prodigioso ._ É um sistema, que serias incapaz de praticar, porque tu és como todos os outros, ambicioso e sensual.Quando soube da sua morte corri ao necrotério a fazer-lhe o enterro. Não era possível. Justino tinha deixado um bilhete no bolso pedindo que o enterrassem na vala comum “a entrada comum do espetáculo dos vermes”.Saí desolado porque essa criatura fora a única que não me dera nem me tirara, e não chorara, e não sofrera, e não gritara, amigo ideal de uma cidade inteira fazendo o que queria sem ir contra pessoa alguma , livre de nós como nós livre dele, a dez mil léguas de nós, posto que ao nosso lado.E também com certa raiva _ porque não dize -lo? _ porque o meu interesse fora apenas o desejo teimoso de descobrir um segredo que talveznão tivesse.Enfim morreu. Ninguém sabia da sua vida, ninguém falou da sua morte. Um bem? Um mal?Nem uma coisa nem outra, porque, afinal, na vida tudo é inteiramente inútil...

Esta crônica fora escrita entre 1850 e 1920.

21 abril 2011

É o mistério

De onde partir? O vazio também é uma excelente inspiração. Mas apenas sinta, não o valorize por demais.



..." Mas o vazio tem o valor e a semelhança do pleno.
Um meio de obter é não procurar um meio de ter,
é o de não pedir e somente acreditar que eu creio em mim
é resposta a meu- a meu mistério" (Clarice Lispector)

16 abril 2011

Envelhecer é reviver

… Se com a idade a gente dá para repetir certas histórias, não é por demência senil é porque certas histórias não param de acontecer em nós até o fim da nossa vida!”

Leite Derramado- Chico Buarque

05 abril 2011

27 março 2011

Meio Clarice

Considero-me complicada. Ouço isso constantemente. Não que me conheçam. Não que não tenha a obrigação de ser feliz. Não que isso seja difícil. Não que tenham alguma coisa a ver com isso...

17 março 2011

Ela explica que...

O silêncio é de amor, de vida
Mas por que as palavras agora somem?
Ela não quer ser interrompida;
Num gesto de parar, pensar e ser escrita.




Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.
( Pessoa)

06 março 2011

Ao primo herói

Que a tristeza seja passageira.
A dor se acalme com a conformidade
A lembrança de seus superpoderes,
da sua proteção, brincadeiras...
Quando há drogas na vida
Não se pode esperar diferente.
Reinam as lembranças...e as cinzas.

Ao meu primo parceiro e herói da minha infância. Talvez, o amor o tivesse deixado viver mais, ou o destino assim o fez para nos ensinar.

Saudades

20 fevereiro 2011

Reais alucinaçãoes

A vida pode não valer mais do que uma moeda
E nas ruas a democracia a toma pela luta
2012 o final ou o recomeço?
Que não seja o nosso fim.

28 janeiro 2011

Melhores amigas

Quando se tem 15 anos não se imagina o correr do tempo. A certeza é que nada sairá do lugar- as brincadeiras sempre serão as mesmas, assim como as amizades. Pelo menos isso se leva de troféu. O prazer do reencontro de eternas amizades.
Um brinde com champagne de morango... e lembre-se, minhas caras: é importante sim passar protetor nas orelhas..., não é que ela tem razão?!





16 janeiro 2011

Qual o seu remédio para a dor?

A essa hora iria começar um post com lições e esperanças. Queria escrever uma vida em pouquíssimas linhas que apagasse todo esse sofrimento, e conseguir conter as águas, e tudo que sua força tem nos levado. A tragédia não é dos cariocas. É minha, sua. Que de tudo na vida se enxergue claramente uma lição- é preciso de mais humanidade, é preciso, sim, tomar as dores do próximo.

O sofrimento tem nos lembrado o quanto é precioso ser solidário.

Diu Mota


06 janeiro 2011

Mais um ano para "um Dia de Reis"

Tem um dia que o corpo se sente mais forte
As pernas mais velozes, os olhos mais famintos
Os pensamentos mais reais, porém não menos sonhadores
O amor mais real e a vida mais curta.

Hoje é o meu aniversário.
Dia de Reis













"A estrela, conta o evangelho, os precedia e parou por sobre onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo". "Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus: ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, ser um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles. O ouro pode representa a realeza. O incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu . A mirra, resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, nos remete ao gênero da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus"