O Mau Humor

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O Mau Humor é um dos piores venenos expelidos pelo ser humano. A pessoa Mau humorada carrega dentro de si um negativismo tão forte, que além de destruir a si mesmo, infesta o ambiente e contamina aos demais que estão ao seu redor.

Para a pessoa mau humorada nada está bom ou tem expectativa de melhorar. Carregando tanto pessimismo, dificilmente será solidária, proativa e fará o bem, porque ela ignora o que tem de melhor em si e nos outros, mesmo que alguém lhe mostre ou fale o contrário.

Para pessoas assim, o copo estará sempre metade vazio, quase seco com a certeza de uma morte certa por desidratação.

Mas essas pessoas são facilmente reconhecidas. São exatamente aquelas que após um elogio recebido completam com uma história de miséria, que nunca conseguem elogiar alguém, que são experts em criticar as coisas e os demais, são as que acham que nada vai dar certo, que sempre estão reclamando de tudo, que gostam de mostrar sempre o lado ruim das coisas, que enxergam mais os erros dos outros e que estão sempre resmungando para os outros e dificilmente para quem elas querem atingir diretamente.

Pessoas assim raramente lhe trarão boas energias, mas não é porque elas não as tem, mas é porque estão tão preocupadas em criticar e reclamar, que não conseguem fazer florir o que possuem de bom.

Tudo o que eu desejo hoje é que o mau humor não nos reconheça ou se aproxime. Que pessoas assim se afastem definitivamente de nós e que encontrem motivos para sorrir sempre e apesar de... E que o nosso dia seja repleto de BOM humor, de positivismo, de alegria, de besteiras e amigos bestas para nos fazer gargalhar.

Eu tenho muito mais motivos para ser e estar feliz e você?!

Um dia bom e abençoado por Deus!

Texto cedido ao BLOG por Patrícia Marques. Amiga de mente brilhante.

Música boa ou não?

E nos dias de hoje, classificar música boa ou ruim é quase um ato de discriminação ideológica.Uma coisa não se pode questionar: A música revela o mundo que se vive. Não o físico, se é que me entendem. E é isso que torna a análise muito mais delicada. E essas palavras precisam passar longe dessa discussão rasa e nada eficaz. Bem, longe de querer fazer disso um diário, e sem sucesso, digo que aprendi em casa que tipo de música era suave aos ouvidos, agregador, poético pelo gosto moderno e clássico do meu pai. De Mozart à Jimmy Cliff, repertório no último volume enquanto quebrava a cabeça com os mais simples problemas de matemática durante todo ginásio.
A lição foi que é possível se concentrar quando se tem responsabilidades. A verdade é que o gosto musical dos pais influencia e muito no amadurecimento dos filhos. Não! Sabia o que era pra dançar, pular, brincar e o que era melhor ouvir deitada, saboreando a letra, sentindo cada verso. Mas, e as crianças dessa modernidade? Como tenho o direito de falar o que penso sem agredir ninguém, certamente- ouvem, curtem e praticam as  letras da balada, tô certo?!
 Deixe-me falar, que é mais poético e esperançoso pro mundo caos que transformamos cantarolar " pro dia nascer feliz, essa é a vida que eu quis" do que " vem encocha em mim, senta, senta que tá quicando vem mais perto pra gente aproveita essa curta mini saia"...E nem vou me dar o trabalho de colocar o nome e autor da música.. Tem coisas que é melhor não propagar.

Eu falo da função da poesia,
de negros, asiáticos e brancos,
do som que faz sucesso na Bahia
e eu muito pouco escuto e nunca danço.

Rosa passos

 

                           

Na Crônica de domingo: O mais difícil

Sempre achava que tudo na sua vida iria ser difícil. Talvez tenha sido seu maior erro. Além de planejar em sonhos tão reais que  em alguns momentos lhe bastavam. De uma certa forma, sabia que a sua hora iria chegar quando se dispusesse  a dar a largada. Tinha tudo esquematizado, era tão fácil. Pensou em tudo mesmo. Menos a hora de começar.

É o caminho

Definitivamente, há uma afeição maior pela dúvida do que pela verdade. Melhor apegar-se aos sonhos ( será ilusões?), às possibilidades, tão esperadas mudanças, do que admitir que o mais certo mesmo é atravessar a rua, trancar a porta, e de uma vez por todas, jogar a chave fora? Só quem conseguiu encontrar o caminho do labirinto sabe a resposta, e com muita sorte ou alívio, nunca mais esquece.

Crônica do domingo: A culpa

A doença do século certamente é o cansaço. Poucos trabalham por prazer, e, os que assim não o fazem, não valorizam o fato de tê-lo em tempos difíceis- mas mais problemas procuram ou inventam. Semanas intermináveis, sem brio, sem vitalidade para realizar as tarefas diárias já aceitas no contrato empregatício. Autônomos também não fogem à regra.  Os afazeres se arrastam, os compromissos acumulam, e o verbo procrastinar nunca foi tão e  bem usado nesses últimos tempos. Ah...mas eis que chega o fim de semana com promessas de liberdade e ócio que até o despertador assume sua futilidade. E agora? O que fazer? Como recusar aquele convite com amigos num domingo ensolarado à tarde? Relaxa. joga a culpa no cansaço e sai com cara de responsável e operário em tempos modernos.

Por que será?

Sentir raiva não é de todo o mal quando se é claro o motivo. Não é raiva do mundo, é da vida que se leva. Que  espreme, cala, sufoca. Aquela borracha que vem disfarçada de 'novo tempo' ou amor,  querendo apagar toda uma história, jeitos, sorrisos e defeitos. Era mais fácil respeitar o que ainda não se conhecia de verdade. Por que será? A verdade é que o descontentamento curva-lhe os ombros e lágrimas rolam por permitir que assim lhe façam. Seria melhor parar de perguntar pra vida de onde tirar coragem?  É preciso encontrá-la urgente. Se encontrar.

Toca mais, Raul!

Tem coisas que apenas se  aprende quando já é perigoso adiar certos entendimentos da vida. Porque nada é mais tão certo do que a morte. E ela deve ser a maior inspiração para a vida. E Raul soube eternizá-lo com sua letra Canto para a Minha Morte. Também, um dos melhores espelhos da psicanálise na sociedade. Qual a frase que te toca? Difícil escolher.

"Que talvez seja o segredo desta vida

Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida"

"Vem, mas demore a chegar."

Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...

(Raul Seixas)

Crônicas de domingo: Vale tudo de um casal

Entre um casal vale tudo num 'vale tudo'.Cada um com sua bandeira-Tente descobrir com quem está a melhor verdade mesmo avistando o insucesso. Mas lembre-se que cara não é coração, e que este, muitas vezes, é prensado por vaidade e aparências. Em quem acreditar? Não é mais tão simples assim apontar o anjo e o diabo, onde as palavras confundem e o silêncio deprime.

O inimigo: Você

Existem pessoas que querem ridicularizar o nosso grito de revolta e de democracia, manipular o nosso desejo de mudança para JUSTIFICAR interesses particulares e políticos. NÃO! Dizer que a violência mancha o movimento é uma verdade. Mas o que esperar de um povo onde seu país não prioriza a EDUCAÇÃO? Sinto muito.Haverá sempre pessoas que não tem estudo, que irão viver de assistencialismos, e que, infelizmente, irão quebrar, roubar e tentar nos fazer sentir revolucionários sem causa.

Crônica de domingo: O porquê de pontos finais.

Sempre se pergunta por que o amor não a surpreende. Garante que até o ajuda. Corre, se doa e se joga...e cai no abismo pelas tantas vezes. Faz que não sente dor, não guarda nenhum rancor, e releva muitas mentiras, palavras que lhe rasgam o peito, tudo por medo de perder um possível futuro "amor de verdade" que cuide dela. Se recusa em fechar círculos, em términos, em pontos finais.  Ela não se permite magoar, e não entende a importância de se  doar conforme o que  receber. O resultado é a decepção.  É o que ela conhece. Moderna e independente, se não achasse que melhor mal acompanhada do que só.
Definitivamente,  esqueceu como os sentimentos verdadeiros nascem- Do nada...e sem porquês.

Viva o espírito de velho

Na minha época....Sim, mas deixe-me explicar, é que a minha geração 80 ( E nem acredito que já chegou a minha hora de falar assim, com essa expressão saudosista de gente que já teve infância e das boas...) de trinta assumida, ser adolescente com todas as traquinagens e marras não dava o direito de desrespeitar quem quer que seja. Isso aprendi em casa, por mais que não tenha tido uma família de comercial de margarina light com ômega 3 e tudo. E a escola também foi fundamental para pôr em prática as 'puxadas de orelhas'. Sempre fui muito consciente e bicuda, logo agradar os outros e aos meninos passava longe dos meus diários.

Hoje, aos trinta, entendo como foi importante o título de "espírito de velho". É, esse tal de bullings, sempre existiu, mas não tive que dar o primeiro beijo porque todas as minhas amigas assim já o tinha feito, ou fumar maconha pra ver como era a onda pra não ganhar o título de careta. Mas não se enganem...fiz muuitas coisas das quais me orgulho e muito    (  já outras, menos,claro) e vivi uma 'loka vida' com responsabilidade, ou melhor, espírito de velho.

Mas o que fazer, a não ser mostrar que essa juventude, pelo menos essa parte considerável, não me representa...Não me representa best sellers, músicas top10 ou festas de camisa colorida( aqui em Salvador uma febre- caneca na mão, cerveja quente, pagode ou têtêtê lê universitário. Ah! Nem a rebelião fanática do Mr.Catra e companhia, com seus quadrados e leks que  deixa o meu lado frívolo boquiaberto. E ponto! Sem ppp...caixinha de fósforo.

Mas existem muitos adolescentes alienígenas e com esse espírito de velho que me orgulham. Que ditam seus gostos, marrentos e que vão contra maré. Fazem a diferença e incomodam muito gente... 

Bom mesmo

Que se dane as imperfeições...tudo que os outros apontem! Que se dane o olhar que mente ao fingir. Que se dane o seu mundo. Tão pequeno, cruel. Que se dane! Deve ser bom mesmo pra quem fala, mas intragável pra quem ouve.
Experimente...

Olhando o próximo

No chão ele dorme quase que invisível. Talvez assim já se sinta. Conforto mora longe, devem pensar. Alguém o viu, além dos pombos a lhe incomodar. Larga um punhado de comida e torna a andar. Desforra a cabeça com o ruído, belisca o jantar e torna a cobrir o seu mundo. Seu triste olhar...

Dor pelo avesso

Não há afirmação mais pura de verdade a de que só fazem conosco aquilo que permitimos. Há quem descorde também que maturidade e conquista só venham com sofrimento. Decepção ou perda, o fato de ter que lidar com uma nova realidade e seguir em frente levantando o pau da barraca, é que se vê a tal maturidade.
Pode ser que essa linha de pensamento seja uma autodefesa? Pode sim. Mas do seu ponto de vista. Melhor chamar de fonte de energia- uma 'criptonita'( do fundo do túnel do...) para ir em frente e em direção à vida e seus percalços. Isso sim é um indício de maturidade.

Dando a partida

Sim, blog é igual a curso de Inglês. Chega um tempo, sem saber o porque, que nos damos um tempo. Mas a segunda-feira me obrigou a ressuscitar o caderninho de anotações. Gostei do que escrevi. Era reflexo de mim: direta, verdadeira, profunda, intensa e inacabada.( nossa...isso saiu de improviso). É...Reticências é comigo mesmo, mas passa longe de ter um perfil de insegura. Simplesmente, por achar democrático expor uma opinião e não esperar unanimidade. Isso é porque existem aqueles que não entendem que defender um pensamento, uma postura, não nos torna o dono da verdade única e absoluta. Cada vida com sua cruz, cada um com a sua mágoa, cada um evoluindo no seu tempo. Um amigo certa vez alertou que pessoas que se vitimam o tempo todo são na verdade seus próprios algozes...

O fato é que perguntaram se ainda escrevia o blog. Penso que tem coisas na vida que a gente larga, abandona, mas se consegue resgatar à tempo...
Ah! E o caderninho?! Cadê a postagem de boas- vindas? Esqueci de trazê-lo.

Uma linda semana para todos. Dando a partida, é o que importa.