Se o erro foi ter apostado só em duas vidas, imaginado que a hora do amor perfeito era aquela, restou-lhe um tanto de desilusão e lágrimas perdidas. Por um momento a piada teve lá a sua graça; vê que perdeu muito e ao mesmo tempo ganhou seu pulsar tranqüilo e uma vida pela frente. Sem escolhas, completava-se com instantes. Apenas saciava-se. E fazia da solidão sua moeda de troca, de prazer. Mas que logo perdeu seu valor- era verdade demais para negar. Susto. Agora que não mais chamava por seu nome, ele retornava calmo e manso, sólido e constante. Nem imaginou como pôde suportar sua ausência, o vazio, aquela estrada turva. Com ele a perfeição nasce de novo. Pensa em voz alta- como pode ser tão puro um verdadeiro amor...
cousas do Galvão
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