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"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida"
( Vinícius de Morais)
26 maio 2012
A revolta.
Tem lá o seu charme a tristeza, mas vou colocá- la de lado, bem de canto de castigo. Não, ela não me merece, nem eu a ela! Darei muito mais trabalho ela querendo me atingir. Não será mais tão fácil. Cansei de me abater. A vida que me perdoe, mas só verei em minha frente o gozo e a felicidade. Basta!
16 maio 2012
A vida ensina
A pior ilusão é achar que não é preciso pedir, que um olhar, ou até mencionar o fato de se estar passando por dificuldades- por si só; vá trazer alguma solução, ou mesmo alguma compaixão de quem ouve o lamento. Cuidado! Você pode ouvir simplesmente que " todo mundo tem problemas", e se sentir mais só e desolada do que antes... A vida ensina no tranco.
13 maio 2012
Dia sem sentido não há
Não deveria ter sido desse jeito tão sem calor, sem sorrisos, sem convencimento.Era pra ser igual nos tempos de criança, com presentes, abraços e cartões escritos com carinho e regados a lágrimas. Tudo deve mudar com a idade mesmo, para algumas pessoas. Mas não duvido do amor. Isso não. O fato é que ter essa certeza não diminui a pontinha de tristeza, a carência... Por que mudou? A distância que nasce desse vazio no olhar sempre é impiedosa com nossas esperanças. Um alerta para começar uma nova vida sem mágoas e cobranças- pode ser a transformação e a lição certa a se tirar disso tudo. A mudança e o amor precisa estar dentro de nós.
06 maio 2012
A vida que a gente queria
Cansada do trabalho no domingo sagrado, nada faria sair mais de casa ( apenas passear com minha lolë, a cadelinha que adotei).Algumas tentações, mas lembrei do livro inacabado de crônicas e reli Gente de Elsie Lessa.Tenho isso de reler sempre o último capítulo ou texto, talvez pra me redimir em ter parado justamente naquele texto, vai saber... E com toda razão, tinha destacado essas partes:
"Somos uma geração que come de pé, que trocou os doces ritos que cercavam o nobre ato de se alimentar-se, por uma apressada ingestão de calorias(...) trocamos as velhas salas de jantar por mesas de abas, que se improvisam, às pressas(...)Somos uma geração que perdeu o privilégio de não fazer nada, aquele doce não-fazer-nada que é a mansa hora de repouso, o embalo da rede na frescura de uma varanda, a quietude ensolarada de um pomar em que o sono da tarde nos pegou de repente(...)Perdemos o abençoado tempo de perder tempo, de não fazer nada, a única hora em que a gente se sente viver. O mais é canseira e aflição de espírito..."
(Do livro As cem melhores crônicas brasileiras-
Gente-Uma crônica da década de 60)
Bom mesmo, foi ter lido isso na volta do trabalho...
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