....

"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida"
( Vinícius de Morais)

26 agosto 2014

Quando acontece



Depois de perder dois cachorros, decidi não os ter mais para evitar o sofrimento da perda. Não sentia muita falta de amizades na infância com um bichinho desses pra brincar. O tempo passa, a vida lhe apresenta um amor solitário, sofrível e sufocante, e, em seguida, nos oferece o amor a dois. E esse amor  me adota como mãe de uma cadelinha- Lolë. Para aqueles que sempre se perguntam o porque da dificuldade de ter alguém para dar-se, doar-se, sem interesses e planos obscuros da mesquinhez humana, adote um cachorro. Lembrando que cor, raça...pedigree pouco contam. Pronto. Aquele cachorro foi feito pra você, e você se vê nele.

No amor entre duas pessoas é do mesmo jeito. Primeiro, geralmente, acontece uma desilusão proposital- cilada plano do universo. A última coisa que se quer é alguém pra lhe perguntar onde está, o que está fazendo, que horas vai chegar...E de birra, ele, o amor acontece. Este é o amor a dois. Não querem se entregar à vontade de estarem juntos, rirem, e brincarem com os defeitos um do outro. Não é mais possível. Ao invés de cair no tédio, vive-se o amor em níveis cada vez mais crescentes. Sem mais pra onde crescer, a vida lhe escolhe para gerar um fruto que simbolize tanto afeto. O momento tão imaginado acontece. No amor à dois, esse fim sempre foi a única certeza para uma nova vida...O amor de um filho.


Ass:
 Mãe de Arthur Mota Fonseca Macedo,
 mãe de primeira viagem
5º mês de gestação.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

É o coração que faz a eloquência. Partem do coração os grandes pensamentos.

(Quintiliano)